Professor empreendedor, escola inovadora, aluno transformador

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Nossa proposta de professor empreendedor passa não apenas pelas aulas, tornando a escola inovadora, mas pela abordagem do tema com os alunos, fazendo com que eles sejam verdadeiros transformadores.

Professor empreendedor, escola inovadora, aluno transformador 2

O professor empreendedor

Já não é novidade que não se nasce empreendedor, mas, como comportamento – ou características – podem – e devem – ser adquiridos ao longo da vida. O problema é que a maioria das pessoas está atenta a cuidar da própria vida. Muitas vezes, apenas da sobrevivência, e não tem qualquer contato que possa auxiliar no desenvolvimento de tais características ou comportamento.

 “Cada educando bem formado é fonte de novos bens, valores e força motriz para a sociedade. Isso significa que todos nós educadores cuidamos dos recursos humanos que garantirão o desenvolvimento do nosso país no longo prazo, e educar, assim, torna-se um ato ético e sustentável” (CACHOEIRA, 2016, p. 33).

Para formar alunos transformadores é preciso despertar neles as características ou comportamento empreendedor.

Hashimoto (s. d., p. 01) ensina que “a maioria das características empreendedoras não diz respeito a negócios e sim a comportamentos típicos de quem detém este perfil, e as escolas não estão preparadas para desenvolvê-las”.

Cachoeira (2016) cita 7 destas características que podem ser utilizadas para criar um ambiente empreendedor dentro da escola: a iniciativa, o interesse pela novidade, meios de identificar oportunidades, formas de avaliar riscos, novas maneiras de lidar com regras, criatividade, e autonomia.

Utilizando três dos exemplos de Hashimoto, a iniciativa, o interesse pela novidade, e os meios de identificar oportunidades,vamos adaptá-los do cotidiano em casa para a sala de aula.

A iniciativa

Segundo o mesmo autor (s.d., p. 01), as crianças “têm iniciativas natural e espontaneamente. Tudo o que precisamos fazer é apoiá-las e incentivá-las. Podem ser coisas simples, como começar um blog […]. Podem ser coisas maiores, como organizar um mutirão de ação social […]. O importante é sempre dar o primeiro passo”. Sugerimos que os alunos sejam convidados, ou desafiados a resolver um problema da comunidade. A tarefa pode iniciar por descobrir o que a comunidade precisa, quais problemas enfrenta, e como se pode resolver a necessidade ou problema.

Ainda seguindo as ideias de Hashimoto (s. d., p. 01), devemos incentivá-los, “pois a empolgação cresce na mesma medida que o envolvimento na atividade”. Se os trabalhos não fluírem conforme o esperado, “não critique e nem reprima, pelo menos no começo. […] alerte, aconselhe, mas não insista”. Também é importante que “deixe acontecer e dar errado, [pois] até estas experiências são válidas e úteis para o aprendizado” (HASHIMOTO, s. d., p. 01).

O interesse pela novidade

Já mencionamos, em outros textos, que é preciso despertar o interesse dos alunos pelas aulas, e que o modelo de ensino centrado no professor não é o que gera mais e melhores resultados. Todas as crianças são curiosas, e se incentivarmos essa curiosidade, direcionando para o que é necessário aprender, isto não será um esforço, mas um prazer. O problema do ensino não está em o que se ensina, mas como. Se o aprendizado for uma descoberta, também será uma aventura, e os alunos estarão sempre dispostos a se aventurar pelo novo.

Como professor, você domina seu conteúdo e sabe como aplicá-lo na vida, sabe como a sua área de conhecimento é útil. O segredo é despertar a curiosidade dos seus alunos, e o exemplo de identificar um problema da comunidade é excelente.

Você pode expandir para problemas do cotidiano em prédios, pensar sobre melhoramentos no trânsito, enfim, as possibilidades são infinitas. Então, é hora buscar alternativas dentro da sua área de atuação, da sua disciplina para resolver o problema identificado. Isso vai promover amadurecimento para os alunos e comprometimento com o que você ensina. Também é possível usar coisas que os alunos gostam ao contexto da sala de aula, ao cotidiano e à solução de problemas. Incentive-os a utilizar suas mentes e você descobrirá o quanto eles podem ser brilhantes!

Meios de identificar oportunidades

A mesma atividade sugerida mais acima pode auxiliar na identificação de oportunidades. Hashimoto (s. d., p. 01) ensina que “a melhor forma de aprender a identificar oportunidades é prestando atenção às coisas ao seu redor. […] Para ajudar as crianças a ficarem mais atentas a brincadeira consiste em fazer perguntas sobre percepção do ambiente”. Isto vai auxiliar a encontrar problemas e a pensar em soluções. “Com o tempo, eles se acostumam a entrar em qualquer ambiente e logo prestar atenção em todos os detalhes” (HASHIMOTO, s. d., p. 01).

Estas são apenas algumas sugestões para o professor empreender, a escola inovar e os alunos tornarem-se cidadãos transformadores.

Autores
Elita de Medeiros
Eder Cachoeira

Como citar este e-book em trabalhos acadêmicos, de acordo com as normas da ABNT:

MEDEIROS, Elita; CACHOEIRA, Eder. Professor empreendedor, escola inovadora, aluno transformador. Plataforma Cultural, 2017. Disponível em: <https://plataformacultural.com.br/professor-escola-aluno/>. Acesso em: dia, mês com três letras, exceto se for maio e o ano.

REFERÊNCIAS

CACHOEIRA, E. Empreendedorismo para professores. 2016. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/edercachoeira1/palestra-sobre-empreendedorismo-para-professores-58378823>. Acesso em: 22 fev. 2016.

HASHIMOTO, M. Como educar um filho empreendedor. Época Negócios. [s.d.]. Disponível em: <http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,ERT282838-16354,00.html>. Acesso em: 23 fev. 2016.

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